
O YANTRA
Yantra é um símbolo que expressa a forma física de um mantra. Este, por sua vez, deve ser entendido como um aspecto divino, ideia ou qualidade divina em forma de som.
Integral Yoga é um Yoga completo e o Yantra do Integral Yoga é também completo: uma representação total do cosmos.
Cada parte do Yantra corresponde a um diferente aspecto do cosmo.
De acordo com o pensamento yogi, Deus ou a Consciência Cósmica é originariamente não-manifesto – apenas É.
Quando Deus começa a se manifestar, a primeira expressão é a vibração do som.
Se Deus se manifesta como som, você não pode ver nada. Qual é a menor expressão que você pode ver? Uma mancha, ou bindhu, que deveria ser a menor partícula possível, mas, para fins de representação, é mostrada como uma círculo grande bem no centro do símbolo. O bindhu representa a primeira expressão física, o âmago do cosmo.

Os três anéis de diferentes colorações ao redor do bindhu representam os três gunas ou qualidades básicas da natureza: sattva (equilíbrio), rajas (atividade) e tamas (inércia). No pensamento yogi, tudo no universo manifesta-se unicamente em resposta a uma combinação destes três gunas. Todas as diferenças nos fenômenos do mundo são devidas às variações destas três qualidades básicas.
O hexágono ao redor dos três anéis, formado pelo vértice dos seis triângulos ao redor do centro, simboliza a forma natural do cristal e significa que a primeira partícula de matéria pode expressar-se como uma matéria tão complexa como um cristal.
Os seis triângulos são uma combinação de dois triângulos maiores, um apontando para baixo, outro para cima. O triângulo com o vértice para cima representa o aspecto positivo ou aspecto masculino; o triângulo invertido é o aspecto negativo ou feminino. Isto forma a totalidade e representa por si só o nirguna (não-manifesto) tão bem quanto o saguna (manifesto), aspectos completos do Supremo.
Como os triângulos estão juntos, o hexágono poderia então representar algo mais: os seis tattvas ou princípios básicos – os cinco sentidos e a mente como o sexto. O cristal de seis lados se manifesta para fora em expressões mais amplas da energia e matérias primordiais.
As bonitas pétalas do lótus representam a manifestação de amor. As oito pétalas internas representam os elementos sutis, enquanto as dezesseis externas indicam as manifestações grosseiras.
Os três círculos maiores ao redor das pétalas expressam os três mundos: causal, astral e físico.
Os círculos são emoldurados por um quadrado com falhas apontando para fora, representando o infinito da criação, cuja expressão é ilimitada.
Cada pétala externa representa uma religião, fortalecendo a ideia do ecumenismo do Integral Yoga: “A verdade é uma, os caminhos são muitos”.
A pétala de cima, com um círculo, representa as religiões ainda não conhecidas; a partir dela, em sentido horário, as religiões conhecidas, todas unidas pela busca do divino simbolizado pela Luz.
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Hinduísmo (“No efulgente lótus do coração, habita Brahman, a Luz das Luzes”. – Mundaka Upanishad)
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Judaísmo (“O Senhor é minha Luz, a quem devo temer?”. – Salmos)
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Xintoísmo (“A Luz do Divino Amaterasu brilha eternamente”. – Kurozumi Munetada)
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Taoismo (“Seguindo a Luz, o sábio cuida de todos”. – Lao Tsu)
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Budismo (“A Luz radiante de Buddha brilha incessantemente”. – Dhammapada)
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Outras religiões conhecidas (A Verdade é Uma, os caminho são muitos)
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Cristianismo (“Eu vim ao mundo como Luz”. – Bíblia Sagrada)
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Islamismo (“Allah é a Luz dos céus na terra”. – Alcorão)
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Sikhismo (Deus, o Ser da verdade, é uma Luz para todos”. – Adi Granth)
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Religiões Africanas (Deus é o sol radiando Luz a todos os lugares”. – Tribo Africana)
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Religiões Nativo-Americanas (“A Luz de Wakan-Tanka está sobre todas as pessoas”. – Canto de Kablaya)